Esta profunda crise em que estamos todos mergulhados e que ninguém ainda sabe bem onde nos vai conduzir e como sair dela, está a levar muita gente ao desespero, obviamente com razão. São famílias inteiras no desemprego, com as consequências que daí advêm, são governos a diminuírem ou a eliminarem ajudas de carácter social (subsídios de desemprego, saúde, ensino, etc.), são empresas na insolvência ou mesmo na falência, e por aí adiante. Tudo isto com consequências pesadas, primeiro no bem-estar de milhares de cidadãos e de famílias, e simultaneamente na economia dos países e nas suas finanças, entre as quais, obviamente, a menor cobrança de impostos devido ao desemprego e à falência de empresas, com a consequente maior fragilidade financeira dos respectivos Estados. Uma espécie de "pescadinha de rabo na boca"... Os empréstimos externos, a que os países têm vindo constantemente a recorrer, não são evidentemente solução para esta situação. Assim como nenhum indivíduo pode viver digna e eternamente de empréstimos, também nenhum Estado, nenhum país, o pode. Cada vez se irá afundando mais na sua debilidade. A óbvia solução está no incremento da produção interna e na exportação dos produtos produzidos, até que o saldo importações/exportações fosse positivo. Seria isso uma forma de diminuir progressivamente a sua dívida externa. Contudo, os juros cobrados, muitas vezes, se não sempre, com taxas demasiado elevadas e sem qualquer noção das realidades actuais, apenas conduzem ao agravamento interminável da situação dos devedores... . É pois necessário renegociar as taxas e os prazos de pagamento. Se assim não for, todos perdem: devedores e credores
O incremento da produção interna dos países em crise económica e financeira, do seu PIB, é porém coisa para demorar anos e anos. E isso, o tal incremento, naquilo que nos toca, por diversas razões não nos está muito na vocação... salvo muito raras e honrosas excepções. Assim sendo, que o Senhor e a Senhora de Fátima nos amparem.