Graças à constante perscrutação noticiosa da nossa boa amiga Odete Pinto, recebemos ontem, 24/02,esta "esperançosa" notícia. De facto, bem preciso seria que os "gananciosos cordeirinhos financeiros" que consomem praticamente toda a sua vida quotidiana a realizar operações de investimentos bolsistas de curto prazo, isto é, sem verdadeira intenção de investirem nesta ou naquela empresa para consolidarem o seu - delas - activo financeiro e, consequentemente, a sua solidez económica, contribuindo desse modo para o seu verdadeiro desenvolvimento económico, passassem a ser mais estreitamente controlados também fiscalmente. Actualmente, o seu único objectivo não passa do estreito horizonte dos seus lucros próprios de curto ou curtíssimo prazo... e os objectivos mais globais da economia, ou até a consolidação económica das tais empresas onde investem a curto prazo passa-lhes geralmente ao lado. Com pequenas diferenças, podem considerar-se aqueles seus investimentos como os dos jogadores de roleta nos casinos... Eis pois, a seguir, as GOOD NEWS !!!
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Os membros europeus do G-20 decidiram em 21 de Fev, em Berlim, propor a criação de uma nova arquitectura financeira internacional, face à crise económica e financeira e às suas origens, na Cimeira do Grupo marcada para 2 de Abril, em Londres. Uma das medidas passa pelo combate aos “paraísos fiscais”.
"Estamos convencidos de que, em conjunto, poderemos resolver a crise, e que a União Europeia dará o seu contributo", disse em conferência de imprensa, no final dos trabalhos, a anfitriã da Cimeira, a chanceler alemã Ângela Merkel.
A chefe do governo alemão anunciou que os países europeus do G-20 advogarão em Londres um controlo efectivo de todos os produtos e mercados financeiros, e também dos chamados fundos Hedge, altamente especulativos, e das actividades das agências de notificação financeira. Os detalhes do tipo de controlo a exercer, no entanto, "terão ainda de ser discutidos", acrescentou Merkel.
A chanceler anunciou ainda que os países europeus do G-20 querem combater os chamados "paraísos fiscais" e as zonas económicas pouco transparentes, através da criação de sanções.
Até 2 de Abril deverão ser elaboradas listas "para tornar claro quem se nega a aceitar a cooperação internacional", advertiu a chanceler alemã.
A proposta de Berlim para criar uma Carta Global da Economia sustentável, que incluía princípios éticos para a actividade de todos os estados, mereceu o apoio dos restantes países europeus do G-20, e deverá ser debatida também na Cimeira de Londres, e mais tarde na Cimeira do G-8, em Itália.
O primeiro-ministro britânico Gordon Brown, depois de agradecer a iniciativa da sua homóloga germânica de promover a Cimeira em Berlim, sublinhou que "deve ser dada toda a prioridade às preocupações das pessoas que têm hipotecas de casas para pagar, às pessoas que têm medo de perder os empregos e às pessoas que precisam de arranjar capital e não sabem como".
O presidente francês Nicolas Sarkozy, por seu turno, afirmou que a Cimeira do G-20 em Londres "é a última hipótese", e os dirigentes mundiais "não podem permitir que seja um fracasso". Sarkozy referiu ainda que a regulação do sistema financeiro mundial sem recurso a sanções "não é possível", e lembrou que, para alguns, a condenação dos "paraísos fiscais" nem sempre foi um dado adquirido.
O presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, começou por dizer que os europeus do G-20 "estão decididos a que a Cimeira de Londres para discutir uma nova arquitectura financeira mundial "seja um êxito", lembrando que se trata de um processo indicado pela União Europeia no ano passado.
Por outro lado, surgiu também na edição europeia de 16 de Fevereiro de 2009 da revista "TIME", na página 37, um artigo com o seguinte título "GLOBAL BUSINESS - FINANCE - MANUFACTURING - TECHNOLOGY - TRADE - MANAGEMENT - MARKETS" - "GLOBAL ECONOMY - THE GREAT FALL" (a propósito do Fórum Económico de DAVOS). Infelizmente, por razões de Copyright, não o posso transcrever aqui. (Seria também muito extenso). É bom que o leia quem o puder ler.